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O Diário Secreto de Hendrik Groen aos 83 Anos e 1/4 conta a história de um idoso holandês e das suas aventuras (limitadas) num lar. À partida, tal história não interessaria a muito gente, sobretudo devido à distância de idades e até geográficas. Várias razões explicam o sucesso mundial do pequeno livro. Primeiro, o mistério. Não se sabe quem é o autor do livro, sendo o mesmo apenas assinado por Hendrik Groen que não se sabe quem é. Será ou terá sido um idoso que de facto conta a sua história? A segunda razão é a capa. O desenho expressivo de um velhinho de ar sereno e simpático enfeitiça qualquer um. Em terceiro, este não é o primeiro sucesso literário envolvendo a terceira idade do norte da Europa. Com muitas diferenças, este diário (que até poderia ser o de Adrian Mole chegado aos 83 anos), vem na sequência de títulos como A Improvável Viagem de Harold Fry, O centenário que fugiu pela janela e desapareceu ou Um Homem Chamado Ove. A quarta razão do sucesso é a principal. O diário de Hendrik é um texto comovente, sobre as pequenas alegrias da vida e tem muita piada. Hendrik, na fase final da sua vida decide começar a escrever um diário com o nascer do novo ano. Quer contar as suas histórias e começa a descobrir que a escrita o faz sentir bem. Desprezando o gosto de muitos dos residentes do lar pelo queixume, Hendrik quer aproveitar a vida e junta-se a um grupo de pessoas da mesma idade para corajosamente passar a fazer visitas divertidas em Amsterdão, voltando a tomar contacto com o mundo, pessoas, diversão e o amor.