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Portugal está no top 5 do ranking europeu de crianças e adolescentes com excesso de peso. As causas são evidentes é urgente medidas de combate capazes de reverter os maus hábitos que estão associados a este fenómeno, como sejam os alimentares (a dieta mediterrânea desapareceu dos lares, sendo que a maioria das crianças e adolescentes não comem fruta e vegetais) seja o sedentarismo, ambos exigindo uma ação do Ministério da Educação, através das cantinas escolares e do aumento da carga letiva da Educação Física. Tudo isto é mais triste quando em Inglaterra se discute a introdução da dieta mediterrânea nas escolas.
Quando era criança adorava o Carnaval, a possibilidade de nos transformarmos noutra coisa, adquirir uma identidade mágica e formidável, ser um super-herói. Lembro-me de ser Ali Babá, Batman e, claro, jogador de futebol. À medida em que íamos crescendo, o Carnaval tornou-se um ótimo pretexto para nos equiparmos da cabeça aos pés com os equipamentos dos nossos clubes, para irmos trajados a rigor com os sonhos de futebol. Mais tarde, quando a adolescência se instalou passei a detestar o Carnaval, muito graças às brincadeiras de balões de água, bombas de mau-cheiro e outros afins, que estragavam a roupa, os sapatos ou o penteado. Nunca alinhei nas aventuras de atirar balões de água das janelas a quem passava, considerava aquilo tudo desrespeitoso, por isso quando terminavam as aulas ia-me embora, não ficava perdido nas horas a correr com balões de água nas mãos. Fiz mal, é verdade. Mas sabia lá eu que teria tempo para pensar no outfit. Quando somos adolescentes achamos que vamos morrer porque outrem não gosta de nós, que estamos apaixonados para a vida, que tudo aquilo é o auge da nossa existência, que a marca dos sapatos condicionará eternamente a nossa inclusão social. Estes anos volvidos, apetece-me uma festa de máscaras.