Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
A nova etapa de uma série de culto tinha todos os ingredientes para ser arrebatadora. Mas não o é. Os diferentes contextos geográficos ofereciam um pano de fundo capaz de superar a já de si qualitativa versão original, mas os desempenhos são tremendamente fracos e as soluções dos casos sucedem-se demasiado depressa e sem qualquer profundidade psicológica dos criminosos, como nos habituámos a ver. Uma tremenda desilusão.
Assisti ao programa de estreia e ao programa de ontem. Sou um apreciador de Ricardo Araújo Pereira, em particular da sua participação no Governo Sombra, onde o humor e o sentido crítico se juntam de forma irresistível. Ora foi com alguma esperança que comecei a ver "Melhor do que Falecer", com alguma esperança que houvesse por ali o mesmo sentido crítico face à realidade. A verdade é que o programa foi uma absoluta desilusão. Os textos são fracos e nem a qualidade de RAP chega para fazer deste um programa a ver. Um mau investimento financeiro da TVi e do tempo de RAP.
Produção sueco-dinamarquesa cuja ação decorre entre os dois países, conta-nos a investigação de Martin Rohde e Saga Norén sobre uma série de assassinatos que mexem com a fundação das duas sociedades, os problemas sociais e o interesse policial em função das origens sociais das vítimas. Como toda a produção nórdica, Broen/Bron é de narrativa significativamente lenta mas com uma fotografia forte, com um sentido de realismo vincado e uma atenção aos aspetos psicológicos das personagens, de uma forma profunda que as produções americanas não conseguem alvejar. Ver esta série é um déjà vu da literatura de Mons Kallentoft e Camilla Lackberg.
Com um elenco de qualidade, com um cenário que reconstitui a Londres de finais do séc. XIX de forma extraordinária, esta série com o cunho BBC merece todo o destaque e recomendações. Seis meses após o último homicídio de Jack the Ripper, Whitechapel de 1889, é policiada pela divisão H da polícia londrina, com uma equipa peculiar composta por um determinado Detetive-Inspetor Edmund Reid, um Detetive-Sargento Bennet Drake traumatizado pela guerra e um alcoólico cirurgião do exército americano e antigo agente da Pinkerton, Homer Jackson.
Uma História Simples (1999), realizado por David Lynch, é uma comovente e simples narrativa, baseada em factos verídicos, sobre a viagem de um homem de 73 anos ao encontro do seu irmão gravemente doente, usando como locomoção um cortador de relva. São 500 km em 6 semanas, em torno de fantasmas do passado, de encontro consigo mesmo, de etnografia da América rural e perdida no tempo, e com uma fotografia de grande qualidade. A prova de que a história mais simples, filmada da forma mais singela, é capaz de produzir cinema de qualidade.
O canal Hollywood permite-nos rever velhos filmes que nos marcam ou encontrar pérolas desconhecidas. Este Outsourced, de 2006, coloca-nos no coração da globalização e do capitalismo, em que as empresas centradas unicamente no lucro desterritorializam as suas fábricas ou escritórios para mercados emergentes, pagando salários baixíssimos e usufruindo de uma mão-de-obra empenhada. O mercado indiano atrai as empresas de call center e são precisamente essas as retratadas nesta história que traça um roteiro pela Índia e pelos seus costumes para além do olhar filtrado do turismo, e que obriga um americano em busca da ocidentalização dos locais a inverter o processo e a indianizar-se a reboque de um inesperado amor e de um espírito hospitaleiro que o toca e o atrai. Recomenda-se.
Há cerca de um ano vi, com entusiasmo, O Hobbit, parte 1 e, claro, fiquei maravilhado pelas aventuras de Bilbo Baggins. Um pacato hobbit vê-se desafiado pelo mago Gandalf para ingressar numa jornada que levará à recuperação da honra e da cidade dos anões, outrora um grande e próspero povo. Baggins deixa o conforto do lar e dorme ao relento, come o que há e enfrenta ogres, orcs e muitos perigos escondidos. Ver estas horas de fantasia em HD, é algo que conforta a alma.
Uma jovem estudante britânica apaixona-se por um estudante americano, quando ambos vivem em Los Angeles. Anna (Felicity Jones) torna-se inseparável de Jacob (Anton Yelchin) e acaba por violar o seu visto de estudante, ficando ilegal nos EUA e sendo expulsa. O amor tenta resistir à distância e à burocracia mas as tentações são muitas. Um interessante exercício de melancolia.
O Dr. Daniel Pierce é neuropsiquiatra, professor universitário e esquizofrénico. Um cocktail de emoções racionalizadas. A juntar a isto é consultor do FBI em variados casos, auxiliando a sua ex-aluna Kate Moretti. Pelo meio os seus episódios esquizofrénicos vão afastando-o da realidade e ao mesmo tempo ajudando-o a resolver os casos.